quinta-feira, 19 de março de 2009


Origem do cinema – Indícios históricos e arqueológicos comprovam que é antiga a preocupação do homem com o registro do movimento. O desenho e a pintura foram as primeiras formas de representar os aspectos dinâmicos da vida humana e da natureza, produzindo narrativas através de figuras.

Jogos de sombras – Surge na China, por volta de 5.000 a.C. É a projecção, sobre paredes ou telas de linho, de figuras humanas, animais ou objectos recortados e manipulados. O operador narra a acção, quase sempre envolvendo príncipes, guerreiros e dragões.
Câmara escura – Seu princípio é enunciado por Leonardo da Vinci, no século XV. O invento é desenvolvido pelo físico napolitano Giambattista Della Porta, no século XVI, que projecta uma caixa fechada, com um pequeno orifício coberto por uma lente. Através dele penetram e se cruzam os raios reflectidos pelos objectos exteriores. A imagem, invertida, inscreve-se na face do fundo, no interior da caixa.
Lanterna mágica – Criada pelo alemão Athanasius Kirchner, na metade do século XVII, baseia-se no processo inverso da câmara escura. É composta por uma caixa cilíndrica iluminada a vela, que projecta as imagens desenhadas em uma lâmina de vidro.
Primeiros aparelhos – Para captar e reproduzir a imagem do movimento, são construídos vários aparelhos baseados no fenómeno da persistência retiniana (fracção de segundo em que a imagem permanece na retina), descoberto pelo inglês Peter Mark Roger, em 1826. A fotografia, desenvolvida simultaneamente por Louis-Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore Niepce, e as pesquisas de captação e análise do movimento representam um avanço decisivo na direção do cinematógrafo.

Fenacistoscópio – O físico belga Joseph-Antoine Plateau é o primeiro a medir o tempo da persistência retiniana. Para que uma série de imagens fixas dêem a ilusão de movimento, é necessário que se sucedam à razão de dez por segundo. Em 1832, Plateau inventa um aparelho formado por um disco com várias figuras desenhadas em posições diferentes. Ao girar o disco, elas adquirem movimento. A ideia era apresentar uma rápida sucessão de desenhos de diferentes estágios de uma acção, criando a ilusão de que um único desenho se movimentava.